quinta-feira, 1 de julho de 2010

Talvez tudo seja simples demais para parecer interessante

Faz assim: começa, continua e promete que nunca vai parar. Promete? Mesmo que as palavras fiquem enojadas de tanto se repetir. Mantenha os fatos latejando para não se esquecer por um instante sequer do quanto isso te fez respirar. Faz isso por mim? Fico sem graça quando meu corpo não explode. Fogos, fogos. Mas permaneço insosso por pouco tempo, e não sei se isso é bom ou ruim. Volta e meia, alguns dedos tornam a encarar meu olhos, que se esquecem de fechar, e tudo estoura. As faíscas já me cegaram faz tempo. Então você tenta enxergar por mim e sussurra em meus ouvidos o que anda acontecendo aí fora. Certamente, tudo soará mais interessante do que realmente é, porque ainda sou capaz de lembrar detalhes da época em que enxergava. Tudo bem, conte como bem entender, não vou te impedir em momento algum. Quero ver até onde vamos com essa mania de engolir farpas.