quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Como eu pude?

Impressionante como não consigo controlar meus impulsos quando te vejo disponível.

Você mal sabe quanto tempo da minha vida eu gasto fantasiando situações nas quais eu me exponho e você me expulsa.

Mal sabe as associações inusitadas que faço só pra lembrar como nossos olhares dialogam.

Como você não pode. Eu sei.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Um instante para o atropelamento e esqueci o resto.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Por ontem:

Esses rótulos poluem o seu semblante.

Por hoje:

Encontrei-me deitada em uma sala clara. Fitei minhas pernas descobertas e percebi uma reação alérgica. Elas estavam inchadas e com diversas manchas vermelhas.
Um médico chegou e sentou-se ao pé da cama, tentou algum tipo de aproximação, mas eu senti nojo. Não quero essa pessoa perto de mim.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Eu estava correndo na rua usando um sobretudo preto, mas não fazia tanto frio. Vi R e parei.
Estávamos numa varanda feita de lambri. Deitei ofegante e R sentou-se atrás da minha cabeça. Acabara de encher meu peito de ar quando R me beijou. Assim mesmo, de cabeça pra baixo. Durou uma eternidade.
Levantei e voltei a correr.
Deparei-me com um campo de grama bem verde, porém sem árvores ou qualquer tipo de intervenção. Umas 25 ou 30 pessoas andavam de bicicleta. Disseram-me que pedalavam para o Sul e chegaram a me chamar para acompanhá-los, mas eu recusei o convite porque a correria me cansara.
De repente, um anzol enganchou na ponta do meu indicador da mão esquerda e comecei a gritar de dor.
Ninguém atendeu, então eu apertei os olhos e me calei.