Como se ele estivesse fora de sua própria consciência, poderia se ver em desejos alheios. Porque se manter fechado para impedir que entrassem em contato com seu mundo não significava que ele não poderia invadir o sonho dos outros. A maior de suas necessidades era provocar o mínimo estímulo e, simplesmente, esperar a resposta. Parecia, e ele próprio concordava, que era um mero egocêntrico, buscando a afirmação de sua existência pela corrosão de tudo que não o pertencia.
E, ainda assim, parecia satisfeito.